quinta-feira, março 19, 2009

Cobertura de Guerra Killzone 2 - Passatempo


Há uma hora que chegámos a Helghan e não se vê mais nada que puros sanguinários, que apenas pensam neles próprios, prontos a destruir tudo o que encontram, o que se mexe e o que não se mexe, espalhar o pânico e a destruição é a sua palavra de ordem, ordens dadas pelo egoísmo do tirano Visari.

Em causa está a liberdade e paz de espírito do povo de Vekta, após o último conflito no nosso planeta o ISA acredita que têm grandes hipóteses de obter sucesso na sua missão e evitar o pior, um ataque nuclear que causará a destruição no planeta e em muitas vidas.

A aterragem no Planeta Helghan, foi dura e violenta, atirando-nos quase para fora do nosso veículo, mas os militares que defendem a nossa pátria são fortes e conseguiram evitar o pior, o que me deixou a pensar que estamos em boas mãos e eu próprio acredito nesta missão. Assim que aterrámos, houve uma sensação de que tinha chegado ao inferno, tudo o que a minha vista alcançava era destruição, não havia um único edifício em pé ou em bom estado, vidros nas janelas, nada, apenas destruição e vontade de matar, pois mal nos aproximámos de Helghan que as boas vindas foram entregues em forma de tiros e anti aéreos, infelizmente, nem todos os ISA tiveram a sorte que eu tive, alguns ficaram para trás sem possibilidade de um dia recuperarmos os seus corpos, mas para evitar o pior, a sua morte foi, infelizmente, necessária para apoiar esta causa.

Uma vez que estávamos em terra, os tiros dos nossos militares foram ouvidos, o sangue era derramado tanto para militares do ISA como dos Helghast, é um triste desenrolar de história mas como já disse, necessário. O único som ouvido é o som de balas a serem disparadas e a caírem no chão, explosões, gritos, não imagino nada pior que este cenário, os Helghast estão a atacar-nos com tudo o que têm, chegámos acerca de uma hora e ainda só conseguimos avançar cinco metros no terreno, as baixas são incontáveis neste cenário cinzento, o céu está de luto.

Quantas vezes tive que interromper a minha escrita, quando os soldados do ISA ordenavam que me baixasse para evitar ser alvo, uma vez que não estou armado, sou um alvo fácil. Estou encostado ao que aparentava ser o pilar da entrada de um edifício que foi destruído, o som dos tiros no cimento do pilar, tem sido a minha sinfonia, o som de balas a estilhaçarem no cimento e o barulho sónico a passar a centímetros da minha cabeça

Finalmente conseguimos penetrar a defesa dos Helghast e entramos num edifício que aparenta ser importante para eles, pela forma como o defendiam, estaremos a ser alvos de uma emboscada? Ou estamos de facto a progredir?

Tive mais uma vez de interromper a minha escrita, pela primeira vez tive que correr como se a minha vida dependesse das minhas pernas e de facto dependia, um dos nossos inimigos atirou uma granada, que ficou a escassos metros de mim e de um dos soldados que me defende, tudo parecia passar devagar, o tempo parecia eterno no entanto de nada me consigo lembrar, apenas de olhar nos olhos do soldado e de corrermos como se a nossa vida dependesse disso, quando a granada detonou ambos voamos com a onda sónica. Apenas sofri alguns arranhões nas mãos e nos cotovelos, mas estou são e salvo, infelizmente o soldado que me protege pensa ter fracturado o braço, pois não tem grande controlo sobre os dedos, tudo aquilo que não precisávamos.

Mesmo estando debilitado, não desiste de lutar e entregou-me uma das suas armas, para me defender caso o pior lhe aconteça. Estou rodeado de muita coragem, partilhada por todos, conseguimos tomar conta do edifício e finalmente reina um certo silêncio, enquanto os nossos soldados descansam após duas horas intensivas de combate com armas de fogo, corpo-a-corpo, granadas, mas foi suficiente para conseguirmos ocupar este edifício.

É muito possível que a nossa causa tenha sucesso, temos a coragem a lutar com a cobardia, o altruísmo com o egoísmo, só pode ser a receita para o sucesso.

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